terça-feira, 27 de julho de 2010

Frases soltas

Eu não tenho medo de morrer, eu tenho medo é de nascer de verdade;

A vida tem dessas surpresas que mostram para a gente que ela não é vida se não for tambem um pouco temida.;

O que me acontece pode até não estar sob o meu domínio, mas o que faço do que me acontece, sim.

A história não faz o destino.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Bem-vinda, finitude


Talvez o primeiro e grande desafio de quem descobre uma doença grave seja o enfrentamento da finitude. Somos todos mortais, sabemos disso, mas não concebemos isso. Vivemos como se fôssemos imortais e como se tivéssemos todo o tempo do mundo para quem sabe um dia fazermos o que sempre quisemos fazer.

Mas, quando uma doença surge, essa onipotência é derrubada de maneira brutal. Somos então forçados a lembrar que não somos comandantes do nosso corpo e que, por razões diversas que na maioria das vezes fogem de nossa compreensão, ele pode tomar um rumo distinto do normal e desorganizar-se, gerando uma anomalia ou uma doença.

Ficamos perplexos. Lembramos que não temos mais tempo. Mas na verdade não temos nunca. A ilusão de que temos a tal "vida toda pela frente" é um mecanismo de defesa que todos usamos ao longo da vida para podermos suportar a certeza de que vamos deixar de existir um dia. E isso é demais para o nosso narcisismo conceber. Queremos ser sempre jovens, sempre lembrados. Imortais.

Por isso a doença muitas vezes pode ser considerada como algo importante, um acontecimento marcante que muda a nossa forma de perceber a vida e como optamos em vivê-la. Porque sim, temos opção sobre como vivemos a nossa vida. Podemos viver mais ou menos conscientes de nossa mortalidade. Mais ou menos conscientes de que precisamos estar perto das coisas que gostamos, de que precisamos estar mais próximos de quem somos, e descobrir isso, não importa a idade que se tenha. Há quem passe uma vida inteira sem jamais ter se conhecido de verdade. Há quem morra sem jamais ter vivido. Há quem viva tendo estado morto a vida inteira.

Você sabe quem é você? Você sabe como escolheu viver a vida?

Vá em frente e tenha coragem de responder a essa pergunta. Seja qual for a sua resposta, ainda há tempo. Porque sempre há tempo para renascer.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Blog Novo

Esse novo blog foi idealizado para falar mais sobre o que já falo no meu primeiro, mas de um jeito um pouco menos pessoal (se é que isso é possível), e mais profissional.
A idéia é que eu possa, aqui, trazer um pouco do que vivencio no meu dia-a-dia como psicóloga lidando com pacientes que lutam pela vida. Não serão mencionados fatos verídicos, as histórias serão misturadas, até mesmo inventadas, mas com o objetivo de fazer pensar, de podermos refletir um pouco mais sobre essa coisa indomada que é a nossa vida e a nossa morte.
Mais do que histórias, o que irei compartilhar aqui são sensações e aprendizados dessa minha experiência. Qual a função que isso terá eu ainda não sei, mas quem saberá?